Ex-secretátio de Estado dos Assuntos Fiscais analisa proposta do OE/18. Defende equilíbrio orçamental pela gestão das despesas públicas estruturais. E critica carácter "confiscatório" de último escalão de IRS.

Em termos gerais, o que pensa deste Orçamento? É um orçamento eleitoralista, como alguns defendem, ou um documento realista e equilibrado?
À semelhança de orçamentos anteriores, mantém-se na proposta de Orçamento do Estado para 2018 a política seguida de alcançar objetivos de curto prazo, para o défice é certo, mas sem curar adequadamente da dívida. Ou seja, com medidas de procura de receita fiscal adicional para financiar novo balanceamento, político, entre receitas que diminuem e despesas que aumentam, não procurando o equilíbrio orçamental também por via da gestão das despesas públicas estruturais que urge reformar.
Enquanto assim for, permanece a preocupação no imediato com o saldo estrutural e no futuro com a défice e a dívida pública que certamente não dá confiança quanto à capacidade de absorção de eventuais choques externos futuros.

Leia a entrevista completa em anexo.